terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Entrevistas com pioneiros da comunidade.


PROJETO:

 RESGATANDO A  HISTÓRIA DA 9ª AGROVILA
Professoras: Acleide Souza dos Santos e Solange Luzia Macagnan
Turma dos 3º Ano Ensino Médio
                                 Escola Municipal Norberto Schwantes

JUSTIFICATIVA
A história e cultura de um povo são marcadas por suas memórias, linguagem, fatos e acontecimentos. Por isso é fundamental registrá-las para fins de pesquisa, valorização e publicação. E a escola deve trabalhar com estas questões envolvendo os alunos neste processo. Pensando nisso, as professoras de História, Sociologia e Língua Portuguesa provocaram os alunos do 3º Ano do Ensino Médio das salas anexas da Escola Estadual 12 de Abril, que funciona na localidade da 9ª Agrovila, município de Terra Nova do Norte para desenvolverem um trabalho junto   ao “Grupo Vida Ativa”.   O Presente trabalho tem o intuito de ouvi-los, uma vez que eles possuem  uma ampla bagagem de informações que podem servir como material de pesquisa e estudo, no que se refere a fatos históricos, geográficos, sociais e lingüísticos da localidade em questão. O trabalho também busca a importância da interação entre estes dois grupos no propósito de levar a juventude a valorizar e estabelecer comunicação com o grupo.


OBJETIVOS
·         Ouvir, questionar e registrar fatos históricos relacionados à fundação da 9ª Agrovila sob a ótica de alguns pioneiros desta comunidade;
·         Promover interação entre os alunos do 3º Ano do Ensino Médio e pioneiros da 9ª Agrovila que fazem parte do grupo “Vida Ativa”  para organizar o registro histórico da ocupação da presente localidade;
·         Estudar aspectos relacionados à variação lingüística  de alguns pioneiros da 9ª Agrovila tendo como propósito a valorização da linguagem, principalmente no que se refere à diferentes termos usados para um mesmo objeto, animal ou alimento;
·         Questionar junto aos pioneiros aspectos relacionados às mudanças climáticas locais desde a época da fundação até o presente momento para posterior reflexão e discussão sobre a situação;
·         Utilizar os dados coletados para na disciplina de português estimular a produção de cordel;
·         Utilizar os recursos tecnológicos para construir gráficos sobre as entrevistas sobre a variação linguística, digitação das produções textuais  dos alunos;
·         Transformar as informações coletadas em texto expositivo;

METODOLOGIA
·         Definição do tema:  A partir de uma reflexão proporcionada na semana pedagógica sobre a importância de trabalhar os aspectos locais da história, eu, professora Acleide que trabalho com a referida disciplina lancei para a turma o desafio de desenvolver um trabalho de resgate da história da 9ª Agrovila.
·         Organização do 1º encontro com os pioneiros: Conversei com os alunos sobre as atividades que desenvolveríamos durante o trabalho. A primeira que decidimos organizar foi um momento de diálogo com os pioneiros. Consultamos a  enfermeira do PSF,  Neusa, que promove os encontros do grupo “Vida Ativa”,  para podermos organizar este momento.Ela incentivou a idéia e marcou com eles em um dia que era de rotina fazerem o encontro.
·         O momento do 1º encontro:  Este aconteceu debaixo de uma sombra no pátio do PSF, onde alguns pioneiros do grupo “Vida Ativa” e os alunos sentaram para dialogarem sobre suas pretensões. Informaram que gostariam de fazer um resgate da história desta localidade. Os pioneiros demonstraram disponibilidade diante da proposta dos alunos. Então, eu, professora Acleide tomei a iniciativa de sugerir o acontecimento de um próximo encontro para onde alunos e pioneiros poderiam preparar-se melhor para tal, como por ex: os pioneiros trazerem fotos e os alunos prepararem perguntas direcionadas ao foco de pesquisa.
·         Preparação de questionário:  Durante a aula  os alunos elaboraram questionário mais ou menos assim: Qual foi o motivo que os levou a optar por vir morar na região? Que tipo de apoio receberam quando vieram para cá? Como foi realizada a mudança de seus locais de origem para cá?   Como era esta localidade quando eles aqui chegaram?Como eram as condições de transporte e comunicação na época? Quais eram as condições de saneamento básico, moradia, água pra consumo,etc.
·         2º encontro com os pioneiros que participam do grupo “Vida Ativa:Este aconteceu na sala onde estuda a turma do 3º Ano. Participaram os alunos envolvidos, pioneiros membros do grupo “Vida ativa”, professores que trabalha com o Ensino Médio, a enfermeira Neusa. A professora Acleide deu abertura ao encontro passando um documentário sobre a colonização de Terra Nova por intermédio do data shwou. A seguir foi aberto espaço para que os alunos fizessem a entrevista conforme o previsto. Os pioneiros responderam as perguntas com muito entusiasmo. Enfim o momento foi bastante proveitoso tanto na interação  como na coleta de dados.O encontro foi registrado de forma escrita pelos alunos, como também por meio de fotos.
·         A organização das informações:Em sala de aula com a professora Acleide, os alunos organizaram as informações através produção de texto expositivo.
·         Um olhar para a linguagem:Um Em outro momento, a professora de Língua Portuguesa comentou com a turma sobre a possibilidade de realizar também junto aos poneiros, um trabalho na área da variação lingüística.Comentou que o trabalho objetivaria focalizar as diferenças de vocabulário como reflexão  para buscar a valorização e respeito por estas diferenças. Os alunos demonstraram interesse e partimos para o estudo de um texto que versa sobre variação lingüística. Após reflexão partimos para  a elaboração de questionário sobre alguns vocábulos, o qual   segue anexo ao trabalho.
·         Uma reflexão sobre as mudanças climáticas  da 9ª Agrovila.  A Professora de Geografia abordou com a turma sobre a importância de investigar também sobre as mudanças climáticas da região desde a época que aqui os pioneiros se estabeleceram até os nossos dias. Para realizar isso também foram elaborados questionários que seguem anexo.
·         Entrevista: Para realizar a entrevista referente à variação linguística e também a referente às questões climáticas, os alunos acompanhados pela professora Acleide deslocaram-se até as residências dos entrevistados.
·         Reflexão sobre os dados coletados sobre a variação lingüística: Na aula de Língua portuguesa, analisamos as respostas obtidas durante a entrevista. Procuramos refletir o porquê da diferença de vocabulário tratando-se de um mesmo animal, alimento ou objeto.
·         Produção de cordel: A professora de língua Portuguesa incentivou os alunos a utilizarem as informações adquiridas durante a o desenvolvimento do trabalho para  produção cordelística. Para isto orientou–os sobre a estrutura do cordel. Posteriormente partimos para o trabalho de produção.
·         Reflexão sobre as diferenças climáticas: os alunos analisaram as diferenças climáticas de acordo com os depoimentos dos pioneiros pois  eles notaram que há 30 anos atrás o clima tinha uma grande diferença ; não ventava muito ,chuvas controladas , o ar mais fresco , não tinha queimadas ; para os pioneiros tudo hoje esta descontrolado devido o homem não ter controlado o meio ambiente.
·         Sistematização de dados: Os dados coletados foram organizados em forma de textos expositivos e gráficos.Para  produzir os gráficos o professor Laércio, que trabalha com a disciplina de Matemática orientou os alunos para que utilizassem o programa Excel.Para realizar a digitação dos textos os alunos foram orientados pela professora do laboratório de informática, Edimélia a usarem o editor de textos.


DISCIPLINAS ENVOLVIDAS:

·         História;
·         Geografia;
·         Sociologia;
·         Língua Portuguesa;
·         Matemática;





RECURSOS UTILIZADOS:


·         Discussões;
·         Fotografias;
·         Entrevistas;
·         Estudo de textos;
·         Encontros interativos;
·         Laboratório de informática;
·         Caderno de campo;
·         Aulas expositivas;
                        
AVALIAÇÃO
A avaliação aconteceu através do acompanhamento dos professores durante o desenvolvimento das atividades realizadas no decorrer do trabalho.

Cronograma

Para realizar essa pesquisa procurarei seguir o cronograma abaixo, sem esquecer que o mesmo e maleável sujeito a alterações;
Dias
Atividades
02/08/2010
Escolha do tema;
09/08/2010
Levantamento de hipóteses no posto de saúde com alguns pioneiros ;
16/08/2010
Pesquisa com um documentário de Terra Nova;
17/08/2010
Palestra com o grupo “vida ativa”;
23/08/2010
Montagem dos grupos para pesquisa a campo;
24/08/2010
Pesquisa á campo: entrevista com os pioneiros;
26/08/2010
Pesquisa á campo: entrevista com os pioneiros;
02/09/2010
Pesquisa á campo: entrevista com os pioneiros;
03/09/2010
Relatório no caderno de campo ;
06/09/2010
Montagem de algumas entrevistas;
09/09/2010
Análise de dados;
13/09/2010
Pesquisa, digitação, e montagem de textos e gráficos no laboratório;
16/09/2010
Digitação dos textos de cordel;




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CEREJA, William Roberto. Português: Linguagens,1ª Edição, São Paulo, Ferreira, João Carlos Vicente, 1954- Mato Grosso e seus Municípios .Wikipédia, a enciclopédia livre.























ANEXOS



UM BREVE RELATO

  A comunidade 9º Agrovila, município de Terra Nova do Norte estado de Mato Grosso  tem suas raízes não só focadas ao Rio Grande do Sul mas também de povos de outros  lugares como Paraná. 
  O motivo de hoje eles estarem aqui é visto que no ano de 1977, os índios da nação caingangue, expulsarão-os sem dó nem piedade, fazendo com que eles deixassem suas terras, plantações e tudo o que possuíam. Com isto, tiveram que ir todos para as cidades, que não era tão grande assim para poder mantê-los todos ali, pois havia mais de 1000 mil famílias desabrigadas.
Então foi o momento que Norberto Schwantes organizou um projeto de assentamento para assentá-los na região Norte do Mato Grosso.
O primeiro assentamento ocorreu no dia 1º de julho de 1978. Esta reserva que tinha a dimensão de 435 mil hectares. A coopercana executou duas fazes do projeto TNA, I e II que tinha um total de 270.203 hectares possibilitando a formação de 1062 lotes distribuídos em nove agrovilas sendo elas.
1º - Esteio
2º - Planalto
3º - Nonoai
4º - Guarita
5º - Xanxerê
6º - Miraguai
7º - Charrua
8º - Minuano
9º - Norberto Schwantes
Para aprofundar mais no assunto nós alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Municipal Norberto Schwantes, Nona Agrovila, Terra Nova do Norte, Mato Grosso, planejamos um encontro com o senhores idosos, ou seja,alguns pioneiros da 9º Agrovila que hoje fazem parte de um grupo com o nome de “Vida Ativa. Nós alunos queríamos que eles realmente nos contassem a história que gerou a comunidade Norberto Schwantes.
Uma das senhoras com o nome de Irena Maria Ferst e com apenas 63 anos teve a disponibilidade para nos relatar a sua história. Ela nos conta que chegou em Mato Grosso no ano de 1981.Mas sua viagem teve muita dificuldade , pois as estradas estavam em péssimo estado, tinha muitos atoleiros e pontes em más condições. Sua viagem durou 3 dias e 3 noites.
Com a ajuda de Dona Cleuza Fátima Pommer que também nos conta como era a comunidade explicando-nos como se fosse a um mapa que segue em anexo ao trabalho. A Agrovila foi organizada mais ou menos assim:
Tinha duas estradas sendo que ao seu meio havia mata. No inicio de cada chácara como era mata virgem, foi desmatado em torno de aproximadamente 50 metros no inicio de cada chácara, para que fossem construídas suas casas.
Um dos responsáveis por fazer as casas das famílias que aqui hoje habitam a comunidade se chama José Balduíno Neto um Senhor de grande disponibilidade e muita alegria, que até hoje mora na comunidade Nossa Senhora de Fátima. Uma pessoa que merece ser lembrada com muito carinho e amor por todos.


Alimentação

Ela conta que nos primeiros meses tiveram a ajuda da Coopercana, mas não durou muito tempo para que eles paralisassem a distribuição dos alimentos. Também foi fornecidas ferramentas como: foice, machado, enxada, e ate moto- serra. Mas isto foi para as famílias que abrigaram as agrovilas, Esteio, Planalto, Nonoai, Guarita e Xanxerê, pois os demais tiveram de conseguir as suas.
Como a ajuda que recebiam era muito pouca o jeito era se reunir em grupos comunitários entre a comunidade onde em que um ajudava o outro a fazer os serviços em geral.
Eles percorreram cerca de 15 quilômetros a pé   para buscar ramas de mandioca, batata, e mudas de diversos outros tipos de alimentos.
A água para seu consumo era buscada em baldes nos rios, sem garantia de qualidade ou alguma espécie de tratamento.
Também tiveram de enfrentar uma doença que estava se alastrando muito depressa: a malária. Uma doença que estava causando a morte de muitas pessoas. Muitos foram vitimas da doença até venderam seus sítios a troco de uma passagem de volta para o Rio Grande do Sul.
Por outro lado, muitas das pessoas persistiram no seu sonho de ter seu próprio sítio e encararam as dificuldades que havia na região.
Eles tinham em consciência que teriam de pagar por estas terras. Eles tinham um contrato em que constava que eles teriam três anos de carência e 10 anos para que fosse concluído o pagamento. Mas com o passar dos três anos que as coisas já estavam bem melhores, eles receberam a noticia que teriam de fazer o pagamento de todos os anos, se não teriam que desocupar as terras. Aqueles que tinham condições podem comprar o sítio do outro e pagar as parcelas.         

CLIMA
Com as visitas que nós alunos fizemos aos senhores pioneiros, foi feita algumas perguntas. Uma delas era relacionado ao clima. A maioria dos entrevistados responderam que  quando chegaram na 9ª Agrovila , eles sentiram uma grande diferença no clima, pois no Rio Grande do Sul o frio era  intenso e na região mato- grossense era muito mais quente.
Em relação a época que eles chegaram na região por volta de 1981, comparando com os dias atuais  apresenta algumas diferenças. Acontece que nos dias atuais faz muito mais calor e vento. Também chovia com mais freqüência, agora chove menos.
Mas mesmo assim, eles dizem que não tem mais interesse de voltar a morar em seus locais de origem, pois eles mesmos dizem que não conseguiriam se adaptar com o clima.        

FALARES DIFERENTES
Um aspecto que refletimos e questionamos foi em relação à linguagem dos pioneiros.Na organização dos dados referentes a variação lingüística, coletados juntos a seis pioneiros da 9ª Agrovila, foram feitas sete perguntas. Destas, apenas três apresentaram variação na resposta. São elas:

  • Qual o nome que se dá para o filhote da vaca? Três responderam bezerro e três terneiro. Dos que responderam bezerro, dois são migrantes do Paraná e um do Rio Grande do Sul. Os três que responderam terneiro, são migrantes do Rio Grande do Sul.Isso quer dizer que um dos migrantes do Estado do Rio Grande do Sul modificou este vocábulo desde que aqui se estabeleceu.

  • O nome do objeto usado para amarrar animais no momento de tirar o leite?  Dois responderam soga e quatro responderam corda.Os dois entrevistados que responderam soga são migrantes do Estado do Rio Grande do Sul. Entre os quatro que responderam corda, dois são migrantes do Estado do Paraná e dois migrantes do estado do Rio Grande do Sul. Desta forma, dois migrantes do Estado do Rio Grande do Sul modificaram o uso deste vocábulo.


  • Alimento produzido com frutas e açúcar, usado para passar no pão? Três responderam doce e três responderam chimía.entre os três que responderam doce, dois são migrantes do Estado do Paraná e um migrante do estado do Rio Grande do Sul. Apenas um dos falantes modificou o uso deste vocábulo. Os que responderam chimía são migrantes do Estado Rio Grande do Sul.
As variações de respostas estão relacionadas aos vocábulos usados em seus estados de origem. Podemos concluir que eles ainda conservam bastante o vocabulário que adquiriram em sua infância.
De acordo com as diferentes respostas obtidas pudemos observar que os pioneiros entrevistados,conforme cada região de onde vieram tem uma forma diferente de falar. Mas, isso nada mais é que a variação de cultura de cada um desses pioneiros, pois as pessoas que vieram do RIO GRANDE DO SUL, PARANÁ, na maioria das vezes não abandonaram seus vocábulos regionais, e usam essas palavras que para nós parecem diferentes.
            Porém essa diferença observada por nos, representa uma riqueza cultural, muito valiosa para a nossa localidade.  
Questões que não apresentaram diferenças de respostas:
·         Como se chama o pássaro que tem um bico grande e longo com o qual se alimenta do néctar das flores e consegue ficar parado no ar batendo as asas? Todos responderam beija-flor.
·         Nome da fruta que produz em rama e com ela podemos fazer doces, abafadinho, etc. Todos responderam abóbora.
·         Nome de um alimento que se aproveita a raiz para a produção de farinha, sopa, beiju, mistura para se comer com carne de porco? Todos responderam mandioca.
·         Alimento caseiro, fabricado com ovos, trigo e água? Todos responderam macarrão.
Nesta questão esperávamos que alguém respondesse massa. Nossa hipótese não foi confirmada.


PRODUÇÃO DE CORDÉIS

A CHEGADA DOS PIONEIROS

Da reserva dos índios Caigangue
Muitos camponeses tiveram de sair
O conflito era grande e não puderam resistir
Os agricultores ficaram sem lugar pra viver
Norberto Schwantes resolveu interceder
Criou o projeto Terra nova com o objetivo de
Muita gente um pedaço de terra receber.


Na chegada foi um misto de medo e esperança
Onde muitos perderam a confiança
De sua vida melhorar,
Porque primitivo era o lugar
As casas era preciso levantar
Com muita dedicação
Foi feita a primeira plantação.

Autor: Anderson da Silva Pereira




Resgate de uma História

Foi no Rio Grande da Sul
Onde a história de Terra Nova começou
Por causa dos índios caigangue
Que as famílias de suas terras expulsou
E em Terra Nova tiveram que se instalar
Onde poderiam para sempre trabalhar.

No momento em que chegaram
Para todos os lados que olharam
Só matas enxergaram
Muitos ficaram contentes e outros decepcionados
Mas com não havia outro lugar
Aqui tiveram que morar.

Nas terras que aqui pisaram
Por muitas dificuldades passaram
Mas é uma terra de esperança
E aqui conseguiram prosperar
Com muito trabalho e suor
A vida conseguiram ganhar.

Autor: Weslei da Silva Lisboa


O INÍCIO

La no Rio grande do sul
Onde a historia de Terra Nova começou
por causa de índios caigangue
que as família de suas terras expulsou
e em Terra Nova  se instalaram
onde poderia para sempre trabalhar

no momento em que eles chegaram
para todos os lados que eles olharam
apenas matas enxergaram
acharam que a realidade era outra
mas logo se adaptaram
e uma nova vida eles formaram

mas com muita dificuldade
eles tornaram realidade
algo que para eles
nunca seria possivel
 mas trabalhando fizeram
a vida novamente

Autor:Tiago Freitas


A  SAGA  DOS PIONEIROS

Da reserva dos índios Caigangue
muitos camponeses tiveram de sair
o conflito era grande e não puderam resistir
os trabalhadores ficaram sem lugar para viver
Norberto Schwantes resolveu interceder
criou o projeto Terra Nova com o objetivo de
muita gente um pedaço de terra receber

A chegada foi um misto de medo e esperança
onde muitos perderam a confiança
de sua vida melhorar
porque primitivo era o lugar
as casas foram necessárias levantar
com muita dedicação
foi feita a primeira plantação.

Autor: Hozane Alves de Souza

TERRA NOVA-GRANDE DESAFIO

Foi no ano de 1978
Que a história de Terra Nova começou
No Rio Grande do Sul era o lugar
De onde os índios caigangues os agricultores expulsou
Fazendo que eles não tivessem onde ficar
Essa população quase se desesperou

O pastor luterano,Norberto Schwantes
Com esse fato se preocupou
Logo uma ideia observou
Criou um projeto chamado Terranova
Que em Terra Nova do Norte prosperou
Foi nesse momento que mato grosso brilhou

Foi na vila esteio que desembarcaram
no começo não viram nada
mas no outro dia
os seus olhos brilharam
com uma mata tão bonita
ainda não haviam se deparado

O trabalho era suado e ardil
Mas em pouco tempo
Uma nova vida surgiu
Agora era o momento
De recuperar o tempo perdido
E colocar a vida novamente em movimento

Mas como em todo lugar novo
O que não falta é dificuldade
Um tratamento de saúde era raridade
Para eles a comunicação
Era uma grande dificuldade
Muitos desafios pra essa sociedade

Autor: Fábio Cristiano Vergues








AS LEMBRANÇAS DE UMA HISTÓRIA

Tudo começou no Rio Grande do Sul
Muitas pessoas que ali moravam
Existiam famílias que trabalhavam
Só que nada adiantou
Pois os índios Caingangue dali os expulsou
Mais de 1000 famílias foram expulsas
Das suas terras  sem  desculpas.

O   motivo   foi   muito  simples
eles  pensaram   que   essas 
famílias   iriam  roubar  suas   terras
que  nessas  terras   eles   plantavam
E suas famílias  alimentavam
Mas   do   lugar   tiveram  de   vazar
Para  nunca  mais  voltar.

A terra que aqui pisei
Daqui jamais sairei
Esse mundo cheio de matas
Muitas vezes passei desgraças
As doenças que aqui existiam
As pessoas que aqui  haviam
Muitas delas não resistiram.

Terra Nova abriu seus braços 
Para esse povo com grande amor
Que nesse mundão passou horror
Para criar seus filhos amado
Em uma região de cor esverdeado
Eu olho o que essas pessoas passaram
As doenças que aqui haviam muitas pessoas não resistiram.

Autor: Cleyton  Antônio  Bezerra 



AQUI  CHEGARAM,  AQUI  FICARAM

Por volta dos anos oitenta
Agricultores do Rio Grande do Sul
Tiveram que de suas terras deslocar
Então Norberto Schwantes tentou auxiliar
Fazendo um projeto de assentamento
No objetivo de proporcionar sustento
E as famílias despejadas amparar

As famílias que ali ficaram
Nunca  mais se deslocaram
Hoje contam suas histórias 
Que na 9º agrovila viveram
Jamais apagaram das suas memórias
As dificuldades que aconteceram

As dificuldades acabaram
As histórias continuaram
Os pioneiros para suas antigas terras
Nunca mais voltaram
Agora estão na 9ª agrovila
Para seus sonhos realizar
Com terras boas para plantar

Autoras: Rosangela batschke e Suzane de Almeida





NONA AGROVILA

A história da 9ª agrovila
Tem suas raízes no Rio  Grande do Sul
Quando os índios Caingangue
De Nonoai, Miraguaí, Guarita e Tenente Portela
Várias famílias expulsaram
Sem ter onde ficar
Essas famílias na cidade foram se abrigar

A vida na cidade não era fácil
O Pasto Luterano Norberto Schwantes
Tentou essas famílias ajudar
Foi quando surgiu o Projeto Terra Nova
E em Mato Grosso
Essas famílias veio assentar
Para suas vidas continuar

No começo tudo era difícil
Meios de transporte não  haviam
Comércio não existiam
Posto de saúde muito menos.

Autoras: Rosangela batschke e Suzane de Almeida

TRAGÉTÓRIA DOS PIONEIROS

Povo da 9º Agrovila
Aqui esta o depoimento
De que já há muito tempo
Vocês passaram um sofrimento
Vieram com sua família
Sem saber o que lhe previa

Mato grosso o recebeu
Com toda sua alegria
Mas no começo
Não foi fácil
Arrumar a moradia
Que com tanto suor construia

O trabalho fazia parte
Do sonho que construia
Porque sabia que no final
A recompensa viria
Só dependia do trabalho
Que ali o povo fazia

A malária era uma doença
Que ali tava predominando
A saúde era precária,
Para um povo soberano
Com a falta de transporte
Os percursos eram longos

A sua alimentação
Dependia do clima então
Que havia naquela época
Em nossa região.
Plantando batata, mandioca,
Arroz, milho, feijão.

Isso naquela época
Era a base
Da sua alimentação.
E assim criaram seus filhos
Com amor e educação
Criaram filhos direito
Criaram bons cidadãos.

 Autor: Adilson do Amaral Saith.

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